segunda-feira, 20 de julho de 2015

Chegou a casa reconheceu tudo
olhou da varanda como quem sentia saudades
foi ao jardim colheu flores vermelhas
como fazia de costume 

esteve no quarto
beijou o travesseiro apenas restos de perfume de sua amada
nada mais restava ali

apenas um porta-retrato
já amarelado pelo o tempo
lembrou como se fosse um filme 
como estava linda nesse dia

se pelo menos ainda estivesse ali
mais nada seria como antes
nem ela nem eu, o tempo destorceu nossos sonhos
corroeu nossos desejos
matou nossos sentimentos

Inês e Araújo Porpino.







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