ficava a catar flores ou ouvi os pássaros
já não me vejo nos espelhos das águas no fundo dos poços
minha imagem não está reflectida mais desbotou
triste desapareceu
não sou mais sombra nem imagem sou apenas vulto
minha palavras apagaram foram levadas pelo o vento
e nas correntezas dos rios perderam-se
nem ecoam mais nem se ouça mais seus gemidos
nem você sabe onde estou como estou apenas sente
mais se quiseres ouvir minhas palavras se quiseres me tocar
finja que não é você apenas murmure meu nome
grita ande busque sonhos busque caminhos para chegar até mim
só assim uma nova imagem ressuscitará nos espelhos das águas
e novas palavras surgirão transformadas em cantos e poesias
Inês de Araújo Porpino.
Foto:Paula Saraiva da Costa.
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